Existe algum padrão ético para a poligamia?



No reino animal, a poligamia não é incomum. Mas a sociedade se sente desconfortável em relação à poligamia entre as pessoas e as leis têm estimulado o fim desse tipo de comportamento.

Mas, além de questões legais, alguns pesquisadores da área de ética ponderam se a poligamia algum dia será moralmente admissível.

Na nova edição da revista Ethics, um pesquisador argumenta que as formas tradicionais de poligamia – definida como um casamento com mais de dois parceiros, são inerentemente desiguais e, portanto, moralmente censuráveis.

“Na poligamia tradicional, apenas uma pessoa pode se casar com múltiplos cônjuges. Este cônjuge central divide-se entre os múltiplos cônjuges, mas cada um dos cônjuges periféricos permanece dedicado exclusivamente ao cônjuge central”, escreve Gregg Strauss, um estudante de Ph.D. da Universidade de Illinois. “Com esta estrutura de ‘ponto central’, o mesmo cônjuge central tem mais direitos e menos obrigações do que cada cônjuge periférico.”

Modificações significativas para a poligamia tradicional seriam necessárias, argumenta Strauss, para suavizar essas desigualdades inerentes. 
Uma variação de equalização é a polifidelidade, um arranjo em que cada um dos cônjuges se casa com todos os outros cônjuges. Isso é diferente da poligamia tradicional, em que os cônjuges periféricos não são casados entre si, mas apenas com o cônjuge central. A polifidelidade elimina o cônjuge central e permite o compartilhamento de igualdade dos direitos, responsabilidades e benefícios do casamento entre todos os cônjuges.

Outro empate, disse Strauss, seria algo conhecido como “casamento molecular.” Neste arranjo, é dada aos cônjuges periféricos a liberdade para se tornarem um cônjuge central de outra família poligâmica, que mais uma vez, rompe a estrutura de ‘ponto central’.

Essas alternativas não eliminariam definitivamente as dificuldades encontradas nesta modalidade de casamente (poligamia), o que se espera é “que se reveja a concepção tradicional de poligamia, o que desafia nossa compreensão do casamento”, disse Strauss. Sendo assim espera-se eliminar, ao menos, as desigualdades sofridas neste tipo de poligamia tradicional que estamos ‘acostumados’.

Via: Jornal Ciência

Vinho pode ajudar contra a depressão


Um copo de vinho por dia tem sido sugerido como tendo efeitos benéficos para a saúde do seu corpo. Um novo estudo sugere que também pode ajudar com o seu humor.
A nova pesquisa da Espanha sugere que pequenas quantidades de vinho – entre dois e sete copos por semana – podem ajudar a evitar a depressão clínica. A depressão clínica é uma doença grave que afeta cerca de 5% da população dos EUA em qualquer momento.
O estudo acompanhou 5.500 bebedores de leves a moderados por até sete anos, que faziam parte do estudo PREDIMED. Os sujeitos eram de idades entre 55 e 80 anos.
Nenhum dos participantes no início do estudo tinham uma história pessoal ou familiar de depressão ou de problemas com o álcool.
Seu consumo de álcool, saúde mental e estilo de vida foram acompanhados por até sete anos através de visitas anuais, exames médicos repetidos, entrevistas com nutricionistas e questionários.
Os pesquisadores descobriram que as menores taxas de depressão foram encontrados entre os indivíduos do estudo que tomavam uma quantidade moderada de vinho por semana – de 2 a 7 copos. Beber mais do que 7 copos não melhoram as chances de uma pessoa não cair em depressão.
O estudo levou em conta outras variáveis que podem ajudar a explicar os resultados, como estilo de vida e fatores sociais, tais como tabagismo, dieta e estado civil.
“Menores quantidades de ingestão de álcool podem exercer proteção de uma forma semelhante ao que foi observado para a doença cardíaca coronária”, disse o professor Miguel A. Martínez-González, da Universidade de Navarra e autor sênior do estudo.
Poucos estudos analisaram a relação entre saúde mental e consumo moderado de álcool. Os autores do estudo sugerem que quantidades moderadas de consumo de álcool – um copo por dia, por exemplo – podem ter efeitos protetores semelhantes de depressão para aqueles que têm sido observados por doença cardíaca coronária.
“Na verdade, acredita-se que a depressão e a doença arterial coronária compartilham alguns mecanismos comuns das doenças”, observou Martínez-González.
A depressão é um transtorno mental tratável que se caracteriza por um humor triste opressivo, letargia, falta de esperança, falta de motivação ou energia, problemas de sono e falta de prazer nas atividades que costumava trazer prazer a uma pessoa por mais de duas semanas. Tratamentos eficazes para a depressão incluem certos tipos de psicoterapia, bem como medicamentos antidepressivos.
O estudo foi publicado na revista BMC Medicine.

Texto de Editor de Notícias PSYCH CENTRAL
Fonte: PsychCentral

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